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Certa vez enquanto ia ao teatro, vi um encontro interessante na entrada, eram dois rapazes que carinhosamente vou chamar de "maloqueiro" e o "playboy". O primeiro chegou com cara de malvado, com uma toquinha preta que cobria a testa até a altura das sombrancelhas, uma mochila em um dos ombros, um guarda-chuva ameassador na mão oposta e um moletom escuro como a noite. Já o outro, andava com um blazer cinza, sapatos que combinavam com a roupa e um cachecol amarrado ao pescoço.
As diferenças eram vistas de longe, mas, as semelhanças, só de perto. O que traria pessoas tão diferentes a um lugar em comum? Ambos traziam muitas histórias nos olhos e responsabilidade nas costas, eram jovens e pareciam ter saído do trabalho, mas, isso ainda não respondia o que faziam ali.
Será um momento de fuga da realidade? Será coincidência? Será que essa questão tem mesmo importância?
Era uma noite fria e tranquila na cidade, além de ter assistido a peça, assisti aquele encontro genial no começo que me fez pensar em quantos coadjuvantes passam por nos, e por quantas vezes somos coadjuvantes, técnicos, auxiliares de alguém. Somos julgados pela nossa aparência, experiência, nos dão qualquer papel, qualquer importância, por isso da próxima vez quando o terceiro sinal tocar, vou me rebelar e virar a atriz principal.
Sai de lá com a certeza da inversão dos papéis, pra mim já não importava mais quem era arrumadinho ou me dava medo, o que importava era a participação deles na peça da minha vida e a reflexão que me deixaram.
" O único dever de um contador de histórias é contar uma história"
Certa vez enquanto ia ao teatro, vi um encontro interessante na entrada, eram dois rapazes que carinhosamente vou chamar de "maloqueiro" e o "playboy". O primeiro chegou com cara de malvado, com uma toquinha preta que cobria a testa até a altura das sombrancelhas, uma mochila em um dos ombros, um guarda-chuva ameassador na mão oposta e um moletom escuro como a noite. Já o outro, andava com um blazer cinza, sapatos que combinavam com a roupa e um cachecol amarrado ao pescoço.
As diferenças eram vistas de longe, mas, as semelhanças, só de perto. O que traria pessoas tão diferentes a um lugar em comum? Ambos traziam muitas histórias nos olhos e responsabilidade nas costas, eram jovens e pareciam ter saído do trabalho, mas, isso ainda não respondia o que faziam ali.
Será um momento de fuga da realidade? Será coincidência? Será que essa questão tem mesmo importância?
Era uma noite fria e tranquila na cidade, além de ter assistido a peça, assisti aquele encontro genial no começo que me fez pensar em quantos coadjuvantes passam por nos, e por quantas vezes somos coadjuvantes, técnicos, auxiliares de alguém. Somos julgados pela nossa aparência, experiência, nos dão qualquer papel, qualquer importância, por isso da próxima vez quando o terceiro sinal tocar, vou me rebelar e virar a atriz principal.
Sai de lá com a certeza da inversão dos papéis, pra mim já não importava mais quem era arrumadinho ou me dava medo, o que importava era a participação deles na peça da minha vida e a reflexão que me deixaram.
" O único dever de um contador de histórias é contar uma história"