domingo, 23 de dezembro de 2012

Obrigada


    Agradeço a você que esteve comigo em 2012, que me ajudou, me acompanhou, me ouviu e acima de tudo: não desistiu de mim.

    Não sou a melhor pessoa do mundo, muito menos a melhor amiga, mas, conto com pessoas incríveis e muito pacientes do meu lado, que me compreendem, sabem dos meus limites, respeitam meu silêncio e minhas birras e é por isso que agradeço tanto.

    Já perdi a conta de quantas vezes disse que ia mudar, de quantas vezes te magoei, de quantas vezes te ofendi, porém, já não sei mais quanto você me defendeu e mesmo distante esteve ali pra mim; espero que na matemática deste ano as diferenças se subtraiam e de resultado tenhamos só alegrias.

    Outro ano vai começar cheio de promessas, motivações, sonhos e desejos, mas a única promessa que mantenho é que jamais vou desistir de você, mesmo no meu pior, mesmo quando eu estiver lá embaixo, pode contar comigo, pois, a maior alegria da minha vida é saber que tenho você ao meu lado.

    Obrigada por tudo e que em 2013 possamos estar mais próximos do que nunca.

sábado, 15 de setembro de 2012

Ajuda...

* Não tente me entender, pois, tenho 1,70 de lágrimas, 58 kilos de depressão e 25 anos de erros, mas, quem pode me ajudar? Será que ninguém vê meu pedido de socorro no fundo dos meus olhos?

Quantas vezes neste ano você já disse a si mesmo "agora mudei, não faço mais isso" ? É incrível como vivemos numa montanha russa, cheia de altos e baixos, indas e vindas, e muitas voltas, porém, a gente nunca percebe que o caminho é o mesmo; será que fingimos surpresa ao chegar de novo naquele túnel escuro depois da descida? Você já teve aquilo chamado "déjà vu", de já ter vivido aquilo antes? Então como podemos cometer os mesmos erros sempre e sempre? Porque não somos capazes de mudar? De pedir ajuda?

Já não sinto nada, é indiferente. Antes o abismo me assustava, agora ele faz parte de mim, sua escuridão se tornou minha sombra e seu silêncio são minhas palavras.

Mas, antes que eu caia de novo será que você poderia me ajudar?


terça-feira, 3 de julho de 2012

Sombras

        Sai do ônibus pela porta mais cheia de gente, é normal trombar, esbarrar nas pessoas que se aglomeram ali. Pedi desculpas, continuei descendo os degraus até chegar a rua. No ponto mais um monte de pessoas que como pedra não saiam do lugar, mesmo pedindo "com licença", o jeito era seguir em frente, como num bate cabeça num show de rock com os cotovelos a frente e vamos passando.
         Quando
cheguei na esquina para atravessar , depois dessa aventura desumana, vejo duas sombras ao meu lado - como não prestei atenção nisso antes? Meu sexto sentido aranha não me alertou dessa situação, ou talvez meu fone de ouvido estivesse muito alto impedindo ouvir vozes e ruídos ao meu redor; empolgada com a música nem reparei que tinha alguém ali do meu lado.
        Eram duas pessoas, um homem e uma mulher. Olho de relance para os lados para ver quem era, reconheço aquelas pessoas da esquina passada, do ônibus talvez, mas, não tenho certeza. O coração que havia parado no segundo passado agora acelera junto com o frio na espinha e com os passos que dou depois que o farol abriu. Acelerei, trombei com mais outras pessoas, desviei de um poste, adrenalina fazendo efeito, seguro minha bolsa para caminhar no mesmo compasso que eu, mais um farol na minha frente e verde ainda por cima. O casal se aproxima, os carros passam numa velocidade assustadora, não há espaço, vácuo que eu possa correr, me arriscar a chegar do outro lado, antes que eles chegassem até mim. Quais os planos?? Atravessando essa rua, passo 3 casas e chego na minha, e agora? E se eles me seguirem até lá?
        Enquanto atravesso a rua pensando num plano mirabolante, procuro minha chave dentro da bolsa, agarro ela tão forte como se aquilo a ajudasse a virar um Transformer para me proteger. Ainda ofegante chego em  casa com as sombras atrás de mim, ele na minha calçada, ela na outra; paro em frente a minha garagem, eles continuam andando e eu entro. Pronto, virei a chave, estou salva, o mundo está atrás da porta de madeira na minhas costas, respiro aliviada, aqui ninguém me segue.
        Só quem já teve medo da própria sombra sabe o que é temer.

Que não nos falte a inspiração, amém.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mudança de elenco....

*
        Certa vez enquanto ia ao teatro, vi um encontro interessante na entrada, eram dois rapazes que carinhosamente vou chamar de "maloqueiro" e o "playboy". O primeiro chegou com cara de malvado, com
uma toquinha preta que cobria a testa até a altura das sombrancelhas, uma mochila em um dos ombros, um guarda-chuva ameassador na mão oposta e um moletom escuro como a noite. Já o outro, andava com um blazer cinza, sapatos que combinavam com a roupa e um cachecol amarrado ao pescoço.
        As diferenças eram vistas de longe, mas, as semelhanças, só de perto. O que traria pessoas tão diferentes a um lugar em comum? Ambos traziam muitas histórias nos olhos e responsabilidade nas costas, eram jovens e pareciam ter saído do trabalho, mas, isso ainda não respondia o que faziam ali.
         Será um momento de fuga da realidade? Será coincidência? Será que essa questão tem mesmo importância?
         Era uma noite fria e tranquila na cidade, além de ter assistido a peça, assisti aquele encontro genial no começo que me fez pensar em quantos coadjuvantes passam por nos, e por quantas vezes somos coadjuvantes, técnicos, auxiliares de alguém. Somos julgados pela nossa aparência, experiência, nos dão qualquer papel, qualquer importância, por isso da próxima vez quando o terceiro sinal tocar, vou me rebelar e virar a atriz principal.
        Sai de lá com a certeza da inversão dos papéis, pra mim já não importava mais quem era arrumadinho ou me dava medo, o que importava era a participação deles na peça da minha vida e a reflexão que me deixaram.

" O único dever de um contador de histórias é contar uma história"

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Qual é o momento certo?

* Terça chegando no meu trabalho vi um homem que ia atravessar, mas, parou no meio da rua (sim, no meio), acendeu seu cigarro e continuou andando como se nada tivesse acontecido. Não se importou com os carros, semáforo, pessoas ao redor, com nada; apenas parou, acendeu seu palitinho mágico de tranquilidade e continuou andando. Vi essa cena e sorri, pensei: queria ser como ele - parar num lugar, curtir aquilo que me faz bem e seguir em frente, mas, a gente consegue?

Outro dia estava no ônibus com minha amiga que reclamava dizendo: "tenho 25 anos e não fiz nada da minha vida" - e continuou seu discurso sobre faculdade, emprego, namorados, 30 anos chegando... Confesso que ouvi atentamente o que ela dizia, porém, não conseguia não reparar na senhorinha ao nosso lado que sorria a cada frase dita, será que ela teve a crise dos 25? Será que ela ria da gente, pra gente, ou com a gente? Será que ela parava no meio da rua pra curtir a vida, ou está acomodada como eu?

Estou há 2 anos onde trabalho, e o que mudou de lá pra cá? Nada. Ok,ok, poucas coisas mudaram, detalhes, mas, nada que fizesse a diferença, sinto que estou na zona de conforto, onde sempre estive, na paz, nenhuma novidade. Confesso que não tenho corrido muito atrás, sempre pensei em fazer tantas coisas, porém, quando se vê já é Junho, metade do ano passou e não fiz nada do que tinha planejado; e de futuro, me vejo sentada no ônibus sorrindo pras conversas das mocinhas ao meu redor.

Qual é o momento certo de parar e curtir? De rever o que se fez e o que se fará?

Se eu fumasse, este seria o momento em que pegaria o cigarro em minhas mãos, enrolaria em meus dedos, acenderia o fósforo (pois, o som que ele produz é muito mais legal que de um isqueiro) e começaria a descobrir formas na fumaça que subisse em direção do teto.

Que não nos falte a inspiração, amém.
*

sexta-feira, 30 de março de 2012

Mudança

*
       Do 3º colegial até depois da faculdade, foi esse o tempo em que morei numa casa e não há palavras para descrever.... Foi lá que amei (amei mesmo) e chorei (e como chorei) de verdade. Cresci, errei, amadureci, me arrependi, pedi perdão, errei de novo, ri, chorei mais ainda, cantei, dancei, criei um mundo com apenas quatro paredes.

       Oito anos se passaram, nem tão rápido, nem lento, na medida exata. Parece pouco tempo, poucos passos, mas, se vistos de perto percebe-se que é só o começo da viagem, que será mais intensa, mais difícil, dolorida, decisiva. O que vivi foi como um teste, um preparatório do que ainda está por vir.

       Parece que as casas que vivo estão diretamente ligadas com as fases da minha vida. Minha primeira casa (do nascimento aos 17 anos) era pequena, bagunçada, poucos cômodos, via minha família a todo momento. A segunda casa (do colegial até faculdade) era de alguel, de passagem, era maior, mais espaçosa, mais gostosa, onde passei aqueles momentos que não esquecerei jamais. Hoje vivo numa casa maior, confortável, iluminada, e me pergunto: o que irei enfrentar? O pior já passou? Que surpresas essas paredes vão presenciar? Até quando vou chamar aqui de 'lar'?

      Apesar de toda essa estrutura, construção, paredes fortes, não me sinto nenhum pouco segura para enfrentar o que vem por ai... Melhor trancar bem a porta e ir dormir...

Que não nos falte a inspiração, amém.
*

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Resumo sobre mim

       Tenho 24 anos, 1,71 de altura e quase 60 kilos. Gosto de coisas coloridas, sou atriz, eclética e acredito que exista uma força superior que controle o mundo.
        Não sei dirigir, tenho medo, principalmente das pessoas que ao pegarem o volante se transformam em monstros, saem gritando e buzinando com todo mundo (assim como meu pai e meu irmão) e já se esqueceram que foram pedestres um dia - bando de idiotas!!! Sim, é um trauma!!! Quero tirar minha carta para não ter que depender de ninguém, porém, uma coisa de cada vez, tenho que tratar da minha covardia, insegurança e baixo auto estima primeiro, e todo esses males surgiram assim:
       Uso óculos desde pequena e me acostumei com ele no meu rosto, passei da fase "morro de vergonha em tê-lo" para "isto é um acessório fashion para poucos". Desde pequena também devia ter usado aparelho, mas, por medo, covardia, falta de $$, nunca quis e meus pais nunca me obrigaram (penso que nesse ponto eles erraram). Colocar aparelho agora? Coloco! E a auto estima coloco aonde? Se me odeio assim, com eles então.... Sei que preciso, questão de estética, disso, daquilo, mas, e os outros fatores? Me sinto velha para usar isso... Tai um motivo que não sorrio muito nas fotos, ou escondo meu sorriso, por que o odeio; já perceberam o porquê sou muito mais feliz atrás das câmeras? Porque assim me escondo e ninguém precisa me ver.
        Nunca sou, nem vou ser a mais bonita/gostosa da festa, nem aquela que todos param para admirar; sempre fiquei a sombra das minhas amigas e de qualquer outra pessoa. Já riram de mim e me chamaram de feia na balada - entendeu o porquê odeio baladas e afins, e entro em depressão em plena pista de dança com tenho vontade de sumir dali? Tudo por causa de gente que admira embalagem e não conteúdo, o quanto eu já chorei (choro) por isso daria para escrever três bíblias.
      Sou ciumenta, emotiva, paciente, sonhadora, romântica,mas, assim como toda rosa, tenho meus espinhos, por isso, tome cuidado. Se te espetei foi para chamar sua atenção, não para te machucar, foi só para testar se você ainda ficaria do meu lado e agora que vi que você continua ai, fique tranquilo, pois, eu já estou melhor.

E que não nos falte a inspiração,amém.