segunda-feira, 22 de junho de 2009

Antes só do que mal tampado

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Cada tampa tem a sua panela, eu ainda não achei a minha, mas, o armário é grande, e eu hei de achá-la.

Antes concordava com a filosofia de uma amiga que dizia ser “frigideira”, pois, não possui tampa, porém,um amigo rebateu: “não tem tampa, porque serve qualquer uma”; qualquer tampa eu não quero, pois, já dizia o ditado “antes só do que mal tampado”. Mas, sempre tem aquela tampa que a gente não consegue esquecer, por que será? Será que foi por causa de um encaixe perfeito ou ela te dava segurança no tempo que passaram juntos?

Existem tampas de muitos tipos: aquela que suporta muita pressão, mas, no seu auge reclama e sai bufando pra todo mundo ouvir; tampa de vidro, que permite você saber tudo o que acontece entre ela e a panela; tampa de barro, aquela com um aspecto antigo, porém, com um ar clássico, meio romântico; a tampa de ferro, pesada, com a aparência bruta, mas, faz um trabalho excelente e a tampa de inox, a mais comum, que todo mundo tem. Devem existir outras tampas por aí no mercado, mas, não conheço.

Acredito que a tampa que encaixa perfeitamente nem sempre é a melhor, por que, às vezes queremos um pouco de liberdade, um relacionamento sem tanta pressão. Por outro lado, o contrário também é ruim, quando somos maiores do que a tampa, parece que ela invade nossa intimidade, não sai da nossa cabeça, fica entalada na garganta, fica praticamente dentro de nós.

A caça a tampa perfeita parece que não tem fim, mas, o único fim que queremos e ficar ali na prateleira pertinho dela.


E que não nos falte inspiração, amém.

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Inspirações rotineiras. . .

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Às vezes me sinto que sou uma mistura de Carrie Bradshaw com Amelie Poulain:



Viajo em pensamento inúteis observando a vida alheia e escrevo textos enormes inspirada na rotina, relacionamentos de meus amigos; será que minhas histórias dariam um filme, série, um capítulo que seja?

Atravesso uma rua e penso: e se o grande amor da minha vida estiver do outro lado? Filosofo sobre a multiplicação das tampas de 'tupperware' no armário da cozinha e sobre o maravilhoso mundo das reticências (filosofias essas que pretendo expor aqui), mas, penso mais sobre as "novidades" do dia a dia. É com um zíper que se fecha quando alguém me pergunta: "E ai, e as novidades?". Não, não tenho novidades. Não trabalho há uns 9 meses, saio de casa de vez em nunca, então, se você não quiser saber sobre a falta de detergente na minha casa, não me pergunte sobre as novidades.

Acredito que perguntar isso é como uma válvula de escape quando o assunto acaba, ou uma repetição involuntária do tipo que une o "oi" ao "tudo bem" quando se vê um conhecido na rua. Prometo que quando tiver novidades todos vão saber. Por enquanto, fico por aqui escrevendo e buscando inspiração para o meu próximo post, alguém ai tem novidades para eu me inspirar?

E que não nos falte inspiração, amém.
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terça-feira, 16 de junho de 2009

"Parece que quando não escrevo estou morta" (Clarice Lispector)

Essa foi a frase que li em Junho numa agenda minha do ano retrassado, ela retrata muito bem isso que sinto quando fico muito tempo sem esse meu vício: a escrita.

Me sinto sem chão, sem ar, meu dedos formigam, pensamentos entram em ebulição, preciso escrever; sou do tipo de pessoa que precisa escrever algo todos os dias, nem que seja passar a limpo alguma coisa, copiar a letra de uma música, fazer cartas que nunca serão entregues, ou textos "internéticos" como este, proposto pelo meu amigo Cleber.

Faz tanto tempo que não faço um blog que nem sei por onde começar: o que escrever? qual layout usar? que foto postar? E a dúvida mor de todos os blogueiros: será que alguém vai ler? Bom, no momento isso é o de menos para mim.

Escrevi, me sinto em paz, meus dedos não formigam mais, estou calma, sinto um alivio na alma.

Esta é apenas a capa do livro que crio agora, o conteúdo ainda esta por vim.

E que não nos falte inspiração, amém.