Cada tampa tem a sua panela, eu ainda não achei a minha, mas, o armário é grande, e eu hei de achá-la.
Antes concordava com a filosofia de uma amiga que dizia ser “frigideira”, pois, não possui tampa, porém,um amigo rebateu: “não tem tampa, porque serve qualquer uma”; qualquer tampa eu não quero, pois, já dizia o ditado “antes só do que mal tampado”. Mas, sempre tem aquela tampa que a gente não consegue esquecer, por que será? Será que foi por causa de um encaixe perfeito ou ela te dava segurança no tempo que passaram juntos?
Existem tampas de muitos tipos: aquela que suporta muita pressão, mas, no seu auge reclama e sai bufando pra todo mundo ouvir; tampa de vidro, que permite você saber tudo o que acontece entre ela e a panela; tampa de barro, aquela com um aspecto antigo, porém, com um ar clássico, meio romântico; a tampa de ferro, pesada, com a aparência bruta, mas, faz um trabalho excelente e a tampa de inox, a mais comum, que todo mundo tem. Devem existir outras tampas por aí no mercado, mas, não conheço.
Acredito que a tampa que encaixa perfeitamente nem sempre é a melhor, por que, às vezes queremos um pouco de liberdade, um relacionamento sem tanta pressão. Por outro lado, o contrário também é ruim, quando somos maiores do que a tampa, parece que ela invade nossa intimidade, não sai da nossa cabeça, fica entalada na garganta, fica praticamente dentro de nós.
A caça a tampa perfeita parece que não tem fim, mas, o único fim que queremos e ficar ali na prateleira pertinho dela.
*