quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Tempestade
Eram 2h30 da manhã e ela não conseguia mais
dormir, mesmo depois ter passado as últimas 5 horas arrumando os travesseiros
que agora estavam espalhados pelos quatro cantos do quarto depois de um ataque de
nervos.
Alguém conversava na avenida e sua voz ecoava
pelo quarto, esbanjava felicidade, jogava aquela alegria de viver na cara dela
e isso a afundava ainda mais no abismo que havia criado – afundava na
tristeza, mas, no colchão não! Estava bem difícil dormir, sem contar o calor infernal que fazia.
“Preciso
me tratar” – era o pensamento que rolava já depois das 3 horas. Até a
respiração da cachorra a irritava. De nada adiantou o colchão novo, o sono não
vinha, tinha sido espantado por tantos e tantos pensamentos contraditórios, só
tinha uma certeza: “vou acordar irritada”.
Sem emprego, sem namorado, sem muito dinheiro, sem ânimo, sem sonhos – o que devia ser pior de tudo. Havia se demitido, sua paixão platônica estava namorando, a grana já não era muito, mas, o que mais doía era não saber o que fazer. Para onde ir se tudo é incerteza?
Sem emprego, sem namorado, sem muito dinheiro, sem ânimo, sem sonhos – o que devia ser pior de tudo. Havia se demitido, sua paixão platônica estava namorando, a grana já não era muito, mas, o que mais doía era não saber o que fazer. Para onde ir se tudo é incerteza?
Sentia-se
boiando no mar agitado, os pensamentos a engoliam como ondas brutas que
jogavam seu corpo de um lado para o outro. Sentia-se
sem ar, sem reação, quase se afogando, quase se entregando, estava
perdida na água salgada e não sabia nadar.
A tempestade tinha dado uma trégua por um momento, seu corpo flutuava no mar calmo, havia adormecido, mas, as nuvens negras ainda estavam no céu, os relâmpagos ainda clareavam seu quarto e seus pensamentos.
Assinar:
Postagens (Atom)