sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Confissões de um ponto de ônibus

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(baseado em fatos reais – 12/01/2010)

Ela com fone de ouvidos desceu no ponto, ele a seguiu perguntando qual ônibus passava perto de tal shopping. Ela respondeu e apontou para o veiculo que passava atrás dos dois e se virou para ir embora. Ele ainda com dúvidas voltou a fazer perguntas, mas, questionava outras coisas, coisas de outro assunto: perguntou nome, idade, telefone, o que fazia, o que gostava, onde morava. Ela sem graça, sem entender, respondeu uma coisa e outra, ele continuou, elogiou a cor da pele, os cabelos, a magreza; a vontade dela ir embora era grande, porém, não sabia como sair dali nunca tinha estado numa situação daquelas, queria aproveitar mais, entender mais, se sentir mais. . .

Enrolaram por menos de dez minutos, trocaram e-mails e foram embora; ele guardou o e-mail na esperança de conseguir alguma coisa; ela nem queria saber o que vinha depois do @, já tinha conseguido o que queria: tinha reconquistado a auto estima e estava de bem com o ego.


Às vezes um simples elogio salva uma vida inteira.


"Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio." ( Sigmund Freud )

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